Presidente do Congresso pede mudanças na política externa brasileira

Início » Presidente do Congresso pede mudanças na política externa brasileira
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu mudanças na condução das relações diplomáticas. Para ele, houve “muitos erros” ao enfrentar a pandemia covid-19.

“Acho que cometemos muitos erros ao lidar com esta pandemia. Um deles foi o fracasso em estabelecer uma relação diplomática de produtividade com diversos países que poderiam ser colaboradores neste momento agudo de crise no Brasil ”, disse o presidente do Senado.

Evitou posicionar-se em bolsa no Ministério das Relações Exteriores, hoje a cargo de Ernesto Araújo. “Além da personificação ou da atuação de um chanceler, o que tem que mudar é a política externa do Brasil. Obviamente temos que melhorar, melhorar, as relações internacionais precisam estar mais presentes, um ambiente de maior diplomacia ”.

Na opinião de Pacheco, a “necessidade de o Brasil ter uma representação externa melhor do que a que tem hoje é evidente para o Congresso Nacional e para a sociedade brasileira”.

Araújo esteve ontem no Senado, participando de uma sessão de debate para explicar a política externa adotada pelo Brasil para enfrentar a pandemia. Durante a sessão, o ministro foi criticado por parlamentares e senadores sugeriram que ele renunciasse. Na sessão, Araújo defendeu seu trabalho à frente do Itamaraty.

“Claro, não somos perfeitos, mas tenho certeza que estamos fazendo de tudo pelos interesses do Brasil, tudo de forma constitucional. Estamos reformando nossa política externa para que ela seja muito mais dinâmica, para que traga investimento, emprego ”.

Comitê para combater covid-19

Pacheco também mencionou o comitê de combate covid-19, criado ontem após uma reunião de líderes das Três Potências. Segundo o senador, a ideia do comitê surgiu a partir de uma reivindicação de maior protagonismo do presidente da República, Jair Bolsonaro, na reação do país à pandemia.

“A ação que identificamos envolveu diretamente o Presidente da República. Foi a sugestão que tivemos, para que ele conduzisse o processo. E o instrumento capaz disso foi a instituição desta comissão, chefiada pelo Presidente da República, com a participação do Ministro da Saúde, que deveria ter o corpo docente da coordenação técnica; e a participação do Congresso Nacional ”.

Ainda de acordo com Pacheco, a comissão vai ouvir também a sociedade civil e a comunidade médica.

Com informações da Agência Brasil