Congresso aprova orçamento da União para 2021

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O Senado endossou a votação ocorrida na Câmara, durante sessão do Congresso Nacional realizada nesta quinta-feira (25), e aprovou o projeto de Orçamento da União para 2021. A Lei Orçamentária Anual (LOA) indica a estimativa de receita e determina quanto pode ser gasto, apresentando a política econômica e financeira e o programa de trabalho do governo.

No Senado, o Projeto de Lei do Orçamento teve 60 votos a favor, 12 votos contra e uma abstenção. Agora, o texto passa para a sanção presidencial. Pela Constituição, o projeto deveria ter sido aprovado em dezembro, mas um impasse político na instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e a pandemia covid-19 afetaram a obra.

Objetivo fiscal

O orçamento aprovado pelo Congresso Nacional apresenta déficit fiscal de R $ 247,1 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social). O faturamento estimado foi de R $ 4,324 bilhões, o que representa um acréscimo de R $ 32,2 bilhões em relação ao original apresentado pelo Executivo. As despesas foram definidas em mais de R $ 2.576 bilhões, além de refinanciamentos de dívidas e empresas estatais.

O teto de gastos é de R $ 1.486 bilhões, de acordo com a Emenda Constitucional 95. No entanto, esse valor na prática será de R $ 1.480 bilhões, uma vez que há despesas para 2020 a serem pagas agora e outras previstas para 2021 que permanecerão para 2022.

Os benefícios da Previdência e Assistência Social (BPC), seguro-desemprego e abono salarial estão incluídos no teto de gastos. O texto aprovado considera ainda um salário mínimo de R $ 1.067. O salário mínimo desde janeiro é de R $ 1.100.

Além disso, o projeto prevê orçamento de R $ 10,2 bilhões para o Ministério do Desenvolvimento Regional e R $ 8,3 bilhões para o Fundo Nacional de Saúde. Os orçamentos dessas duas áreas foram contemplados no plenário da Câmara. Durante as votações nas duas Casas, os parlamentares criticaram o reajuste de R $ 7,1 bilhões para militares previsto no Orçamento 2021, mas o reajuste foi mantido.

Ainda na Câmara, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), costurou um acordo com lideranças de diversos partidos e reconstruiu o orçamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Corrigir o censo é fundamental para a vida dos municípios”, disse o governante. A informação do censo é uma das contempladas na definição das políticas de direcionamento dos recursos das emendas parlamentares.

O relator geral da proposta orçamentária para 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC), incorporou quase R $ 19,8 bilhões de 7.133 emendas de gastos parlamentares. A maioria das sugestões (86%) são emendas obrigatórias, obrigatórias para o Executivo.

Cortes

Por outro lado, as verbas referem-se ao pagamento de benefícios previdenciários urbanos e rurais (R $ 13,5 bilhões), à destinação salarial (R $ 7,4 bilhões) e ao seguro-desemprego (R $ 2,6 bilhões). Em relação ao orçamento anterior, também houve cortes de recursos do setor saúde e das universidades federais.

Esses cortes foram criticados por vários deputados e senadores. Segundo o Relator do Orçamento, a tarefa de preparar o Orçamento diante da pandemia e da recessão econômica foi “árdua”. “Tive de tomar decisões difíceis, mas necessárias.” De acordo com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), o governo vai autorizar o uso de R $ 22 bilhões de bancos estaduais e municipais para o combate à pandemia.

Ministérios

Bittar destacou os ajustes e rearranjos que fez para alguns ministérios. Entre eles, R $ 300 milhões para o Ministério da Justiça, R $ 200 milhões para o Ministério da Cidadania e mais R $ 200 milhões para o desenvolvimento da vacina brasileira contra o covid-19.

O Relator do Orçamento também destacou os recursos para evitar a paralisação das obras. “Fizemos contas e mais contas e disponibilizamos mais de R $ 1 bilhão para Infraestrutura”. Ele destacou que a paralisação dessas obras pelo país, além de prejudicar a população local, geraria desemprego e prejudicaria milhares de famílias. Antes do fim da votação no Senado, ele disse acreditar ter apresentado o melhor relatório possível.

“Corremos para aprovar o Orçamento com três meses de atraso. Fiz o meu melhor para tentar ajudar. Acho que o relatório está saindo melhor do que antes. Peço desculpas, todos que vieram até mim tentaram responder. Essa verba faz desse Orçamento, neste momento no Brasil, a melhor peça possível na realidade que vivemos ”.

* Com informações da Agência Câmara

Com informações da Agência Brasil