São Paulo, SP 26/11/2020 – A pressão dos “stakeholders” para que as empresas levem em consideração melhores práticas ESG continua aumentando.A pressão dos “stakeholders” para que as empresas levem em consideração melhores práticas ambientais, sociais e de governança corporativa continua aumentando e ficando cada vez mais comum nos mercados financeiros globais resultando no aumento do número de fundos de investimento que incorporam práticas ESG em seu portfólio.
Muitas matérias têm sido vistas recentemente, na mídia, sobre investimentos sustentáveis e também a sigla ESG (abreviação em inglês de Environmental, Social, Governance e em português Ambiental, Social, Governança).
Dada a frequência de eventos do tipo risco de cauda (em inglês tail risk), como a crise financeira global de 2008, os rompimentos da barragens em Mariana (2015) e em Brumadinho (2019), grandes vazamentos de óleo nos oceanos oriundos de empresas petrolíferas, ataques “hackers” globais, escândalo do “Dieselgate”, ou ainda a pandemia do Covid-19, entre outros, observa-se que investidores estão se envolvendo ativamente nas empresas de seus portfólios financeiros para reduzir a exposição aos riscos relacionados aos fatores ESG. Com isso, acredita-se que atingindo padrões mais elevados dos fatores ESG essas práticas funcionem como um mecanismo de seguro contra eventos de “risco de cauda” que destroem valor nas empresas e/ou negócios e também causam impactos na sociedade.
A pressão dos “stakeholders” para que as empresas levem em consideração melhores práticas ambientais, sociais e de governança corporativa continua aumentando e ficando cada vez mais comum nos mercados financeiros globais, principalmente nos últimos 3 anos.
Os fatores ambientais (E), sociais (S) e de governança (G), tratam-se de um subconjunto de indicadores de desempenho, não financeiros ou contábeis, que incluem questões éticas, sustentáveis e de governança corporativa. Esses fatores ajudam a determinar melhor o desempenho financeiro futuro das empresas.
A GreenView Engenharia & Consultoria Ambiental observou que o número de fundos de investimento que incorporam práticas ESG tem crescido rapidamente desde o início desta década, e espera-se que continue aumentando significativamente na próxima década.
A maioria dos investidores socialmente responsáveis faz “check-out” das empresas usando os critérios ESG para rastrear os investimentos. É uma abordagem utilizada no mercado de capitais e comumente usada pelos investidores para avaliar o comportamento das empresas, bem como determinar seu desempenho financeiro futuro positivamente, conforme explicado a seguir.
Um investimento sustentável pode incorporar fatores ESG. Um exemplo de índice de sustentabilidade é o ISE B3 (Índice de Sustentabilidade Empresarial), criado em 2005, que tem como seu principal objetivo, demonstrar o desempenho de empresas que atuam de forma responsável e sustentável.
Além do ISE B3, existem outros índices de sustentabilidade que adotam pelo menos algum dos fatores ESG, como por exemplo o Índice Carbono Eficiente (ICO2); Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI); Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC); Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT); Índice de Governança Corporativa – Novo Mercado (IGC-NM); Índice de Ações com Tag Along Diferenciado (ITAG); e Índice CDP Brasil – Resiliência Climática (ICDPR-70).
Falando novamente sobre o ISE B3. É uma ferramenta, que surgiu de uma iniciativa pioneira na América Latina, para realizar análises sob o aspecto da responsabilidade sustentável das empresas listadas na B3. Desde a criação do ISE, em 2005, o ISE B3 apresentou rentabilidade de +235,19% versus +235,43% do Ibovespa (base de fechamento em 26/11/2019). No mesmo período, o ISE B3 teve ainda menor volatilidade: 23,86% em relação a 26,51% do Ibovespa.
De acordo com a última publicação bienal, de 2018, da Global Sustainable Investment Alliance (GSIA), houve um crescimento de aproximadamente 34% no tamanho do mercado global de investimentos sustentáveis na Austrália, Canadá, Estados Unidos, Europa, Japão e Nova Zelândia, quando comparado com o relatório de 2016.
Segundo um estudo realizado em 2015 por G. Friede, T. Busch & A. Bassen (2015), de aproximadamente 2.200 estudos empíricos publicados sobre critérios ESG e o desempenho financeiro corporativo, observou-se que em 90% dos estudos há uma correlação não negativa (neutra ou positiva) entre a adoção dos critérios ESG e desempenho financeiro; enquanto 63% dos estudos indicaram uma correlação positiva, e 8% uma correlação negativa. Cabe mencionar que, segundo os autores, a busca por uma relação entre os critérios ESG e desempenho financeiro corporativo, não é nova, começou na década de 70.
Em resumo, a adoção das práticas ambientais, sociais e de governança nas empresas vieram para ficar e agregar valor. É um caminho sem volta. Principalmente em um cenário pós-pandemia do Covid-19.
Fontes de consulta: Anbima, B3, GSIA, Harvard Law School Forum on Corporate Governance, Taylor & Francis Group, MBN e XP Investimentos.
A GreenView Engenharia & Consultoria Ambiental lembra que para implementação, adoção e manutenção de ações Sociais, de Sustentabilidade e de Governança, com posterior elaboração de relatórios para atendimento a ferramentas de índices de Sustentabilidade é necessário a contratação de empresas especializadas em Sustentabilidade. Em caso de dúvidas, consulte o site: https://greenviewgv.com.br/
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