Edição atual da Série B põe a prova planejamento das equipes e não só peso da camisa

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Com o fim do primeiro turno, a atual edição da Série B do Campeonato Brasileiro confirmou as expectativas de uma competição equilibrada, disputada ponto a ponto na briga pelo acesso à elite do futebol nacional. O fato de Botafogo, Cruzeiro e Vasco da Gama não figurarem no G-4, zona de classificação que dá acesso à primeira divisão, é uma amostra disso.

Até então, o recorde era de quatro campeões brasileiros, nas edições de 2005 e 2006. Em 2021 há, ao todo, cinco times vencedores da Série A, caso de Cruzeiro, Vasco, Botafogo, Coritiba e Guarani. De todas essas equipes, o Cruzeiro é dono do pior aproveitamento e, pelo segundo ano consecutivo na Série B, tem dificuldades para entrar na disputa da parte de cima da tabela.

Para Marcelo Segurado, executivo de futebol do Goiás, em 2012 e do Ceará, em 2017, a principal armadilha para clubes de maior expressão é a ideia de que somente a camisa vai fazer com que o resultado venha.

– Quando uma instituição dessas cai, é em virtude de erros que vêm sendo cometidos por vários anos. Um time não cai pelo planejamento errado de um ano. Assim como os que ascendem de séries inferiores não chegam lá por um ano extraordinário.

O executivo também cita que a queda de receita é mais um fator que afeta diretamente as equipes rebaixadas. Com isso, o principal desafio dos dirigentes está em montar uma equipe competitiva, mesmo não recebendo tantos recursos, em comparação a Série A, para investir em contratações.

– Você trabalha com um faturamento cinco vezes menor, e isso faz com que clubes menores, que já estão acostumados a trabalhar com esses valores reduzidos, não sintam tanto – acrescentou Segurado.

O presidente do Juventude, Walter Dal Zotto, relembra o acesso do clube na temporada passada, ao terminar a Série B na terceira colocação com 61 pontos, e elenca os principais fatores para fazer um campeonato de sucesso.

– Para ter êxito, é preciso buscar perfis de jogadores que tenham passado por conquistas de acesso e que te deem qualidade. Na primeira divisão, há mais tática e você ganha as partidas nos detalhes. Já na segunda divisão, a força e vigor físico se sobressaem.

Fora da zona de rebaixamento, o Juventude faz um bom Brasileirão, aposta na boa gestão para permanecer na Série A e seguir firme pelos próximos anos. Na 12ª posição, a equipe soma cinco vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Um exemplo de gestão a ser seguido é o Fortaleza, gerido pelo presidente Marcelo Paz. Depois do título da Série B de 2018, o clube se manteve na Série A desde então. Já são três anos consecutivos disputando a elite do futebol brasileiro. Nesta temporada, o Leão do Pici é uma das grandes sensações, tendo protagonizado partidas de alto nível contra equipes poderosas do futebol brasileiro, como Atlético Mineiro, Corinthians, Palmeiras, entre outras.

– Estamos no nosso terceiro ano seguido na Série A e entendemos que o processo de consolidação de um time na primeira divisão leva pelo menos cinco anos. O Fortaleza se preparou para chegar ao quarto ano seguido na elite do Campeonato Brasileiro ao investir muito na estrutura física do clube.

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